Beatriz Lamas Oliveira

O meu nome é Beatriz Lamas Oliveira . Nasci em Braga (Quinta do Anjo, Ferreiros). Fiz Medicina na Faculdade de Medicina de Lisboa. Frequentei e concluí os Cursos de Medicina Tropical no INSA e o de Saúde Publica da ENSP de Lisboa. A minha carreira profissional foi no Ministério da Saúde como Especialista em Saúde Pública. O meu trabalho em Saúde Pública foi uma inesgtável fonte de aprendizagem sobre comportamento humano. A saída da função pública foi libertadora! Pinto desde o dia em que descobri a antiga caixa de pintura da minha Mãe. Continha material para pintar a óleo sobre tela. Eram os anos 70. E era o inicio de uma tentativa de usar uma outra linguagem para me expressar. Na década de 80 comecei a utilizar o pastel seco: regressada ao Minho nos anos 80, foi a minha forma de sentir a paisagem que me levou a descobrir o uso do pastel seco, assim como que a descoberta de uma chave para expressar outras cores, outros volumes, outra sensações. Na década de 90 voltei a precisar de utilizar o óleo e a tela: tinha trabalhado 9 anos no Alentejo e de lá trouxe, além do respeito pela população, a marca indelével das formas, cores, estruturas da paisagem urbana e rural alentejana. Estas memórias muito fortes pintei-as a óleo sobre tela. Em 2010 comecei a utilizar a aguarela para expressar uma outra forma de sentir: mais plástica, menos autobiográfica, igualmente intuitiva.

A aguarela como meio foi utilizada para descrever uma paisagem urbana e suburbana que eu sinto que está a mudar muito rapidamente e tem pinceladas de muita nostalgia e de muita ironia. Comecei a viajar sempre com o bloco e as canetas para fazer esboços. A Aguarela têm a vantagem da rapidez do esboço. A minha forma de pintar tem evoluído no tempo e com o tempo evoluiu na forma. Inicialmente era uma necessidade avassaladora. Terapêutica. Depois comecei a concentrar-me mais no sentido e menos na forma. Voltei do pastel seco para o óleo, como quem regressa ao passado! De um figurativo paisagístico fui passando ao contexto urbano e à analise do frio e da insensibilidade de ruas desertas mesmo quando cheias de gente. Não há pessoas nos meus quadros a óleo.

Não é isto uma intenção. É uma constatação. As cidades e aldeias sinto-as desumanizadas. Não posso desrealizar a realidade. E o que me sai das mãos e dos pincéis mostra isso. Eu aprendo sobre mim cada vez que termino um quadro. Fiz duas exposições na Casa dos Crivos, em BRAGA nos anos 80. Mais recentemente expus em Grândola e no Porto, em 2011. Uma nova exposição esteve patente na Casa dos Crivos de 28 de Abril a 19 de Maio.Esta Exposição tinha o titulo de RAIZES NOSSAS e é a minha aproximação à defesa do Património urbano e rural. A pintura tornou-se no foco principal da minha vida. Este portfolio mostra o meu trabalho de AGUARELA e ILUSTRAÇÃO com Aguarela.

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